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quinta-feira, 27 de maio de 2010

A MORTE DO DELEGADO









A violência atinge, hoje, quase todas as camadas sociais. Os estudiosos sumiram,  deixando que pessoas despreparadas  ocupem espaço e tempo na mídia para dizer besteiras, fazer xingamentos e exortar à violência oficial do Estado através da polícia, como se o Estado tivesse o direito de matar. O que se vê é a ineficiência do próprio Estado que só se mexe quando é atingido pela marginalidade.
A grita do povo por segurança e justiça não pode ser traduzida por atuações desastrosas que levam a morte e o terror a toda população, tornando a polícia mais temida do que os próprios marginais.
Claro, não se deve creditar o despreparo da polícia à própria polícia, mas está claro e evidente que há um desvio de função. A polícia, seja civil, seja militar passou a agir em desacordo com suas funções que é prevenir o crime e atuar prendendo o criminoso, sem espalhafato e dentro dos mandamentos da lei.
Os excessos da polícia podem levar o Estado à derrocada, pois mortes provocadas pela polícia são passíveis de indenização de grande monta.
Por isto é necessário que o Estado tome cuidado com matança policial, porque em qualquer circunstância o Estado deve pagar indenização à família do morto, mesmo que seja o pior dos marginais e mesmo que este tenha reagido à ação da polícia, pois o papel da polícia não é matar, muito pelo contrário: seu papel é de proteger a vida, direito garantido na Constituição Federal.

Quanto à morte do delegado, há de se perguntar: Como admitir que ele tenha parado em estrada perigosa para conceder uma entrevista? É lamentável sim, a sua morte, mas não demonstrou ele, despreparo?
Não demonstrou ele, mais amor aos holofotes do que cautela, dedicação e amor ao trabalho e à própria vida?
Tenho me batido em afirmar que lugar de delegado não é na rua cassando marginais, lugar de delegado é na delegacia elaborando inquéritos, estudando cientificamente ações a serem executadas por agentes policiais.
Há aqui uma lídima inversão de função, talvez influenciada pelo mentiroso cinema americano que insiste em querer transformar policiais em heróis e salvadores do mundo.
Isto precisa acabar. A criminalidade não é um problema estritamente policial, nem é função da policia acabar com a criminalidade. Mas pura e simplesmente prevenir e controlar.
Ao Estado cabe estabelecer uma política de inclusão social com todos seus componentes: educação, redistribuição de renda, moradia, lazer e tudo o mais que a vida moderna impõe.
É isto que não entende o povo, achando muitos que  tanta violência é culpa de um partido.
Existe algum marginal com idade de 7 e 8 anos? Logo, os marginais de agora são filhos da política dos partidos que estavam antes no poder.
Pensar diferente é não querer enxergar a verdade. É abandonar todo e qualquer raciocínio científico.
Isto não é política partidária. É ciência.

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