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quinta-feira, 29 de julho de 2021

TRISTES TRÓPICOS







                      

                           Tristes trópicos! Uma estátua valer mais que os 28 mortos de Jacarezinho. Biel, perigoso marginal de 11 anos, executado. Que nome se dá a isto?

quinta-feira, 22 de julho de 2021

 






                             Exceções existem, senão, pra quê viver? Aquel´outra. Disseram ter milhões, por venda de sentenças, teve seu gabinete invadido pela Polícia. Vasculharam gabinete e residência, nada encontraram, só livros de direito e processos. Adepois, tudo ficou explicado. O executivo mandara implantar dinheiro em seu gabinete, mas o policial encarregado da empreitada fugira com a grana. Sacangem, duas vezes.  O Pobre do episco teve de renunciar à mitra porque vazaram um video dele pegando na binga. Quero saber como eles fazem pra mijar. Tempo duro, e nem sei se estava.

quarta-feira, 14 de julho de 2021




 


                          E o paraíba  quando bota a cabeça fora, pensa que o mundo é dele. Êpa, êpa, paraíba não existe, existe Paraíba, e, quem nele nasce, paraibano,  paraibana. Assim nos tratam, quem matou ciranças e professora, o jovem, eu, nordestino, não branco, tapuia, serial killer, imitando os Caras Pálidas  lá de cima, os genocidas dos Peles Vermelhas la de riba. Juntem todos eles, inda sou o nunu, o melhor de todos. Maldades, não  faço por profissão, por condição, pela barriga. Ela não tem sentimentos, nem espera. Heroi, fácil, quandela nam grita. E, não querem justiça, justiçamento, a morte, mil buracos desenhados por fardados, por mim, por você, por ele, pagos. E há quem diga, advogado é regalia, analfabeto enriquecidos com o embrutecimento dos bacuris.  O senescal continua arrotando valentia e propagando fuxicos. Modus operandi, diz o doutor. O cancro lhe corroendo, mas culpam um cutelo incruento, medo de sangue, pobre cutelo. Quanta fabulação, contada, repetida e ampliada. Ama-se o embuste. Todavia, assuntos hão, proibidos,  até pensar. Dá cadeia. Inda bem que não batia na senhora, coitado do cara, antes tivesse matado 10, ninguém iria gritar. Quantos mataram em Jacarezinho? Hoje tudo pode, como aquela juiza que foi pega pela policia sugando o órgão do namorado, motorista da prefeitura. O Pau é dele, ele é meu, a boca é minha, uso ela como eu quiser. Hahaha, de doer. Mas poder, pode. Quem não pode se sacode.

sexta-feira, 9 de julho de 2021







                 

                                       Caguei pra Comisão. Verdade, todo borrado, não passa de um zilu. No curralzinho, é macho, também, pudera! Encapuzadas, nos levaram prum lugar,  mas reconheci pelo percurso, um  pedaço de asfalto e logo, chão, uns cinco minutos, uma cancela, pararam para abri-la. Chegamos à casa, uma escada, senti, de cimento, subimos, três degraus. Três pessoas nos esperavam, uma voz feminina, ouvidaa tens, a juíza que determinou nossa prisão. Minha memória auditiva, eles não contavam. Antes, tinham mais pejo. Sessão de tortura, já passaram por isto? Minha filha, talvez mais frágil, ouvia seus gritos, ela, os meus. Cigarros nos braços, na testa, na barriga. Telefones nos ouvidos e o zunido. Uma cuba com água, enterraram minha cara, era suja pelo cheiro e gosto. Não me pergunte quantas vezes, quem vai lembrar? Uma eternidade. Nem pensar mais em vida eterna, é muito para um cristão, meu´rimão. Há um, cristão ou não, em greve de fome, por torturas na prisão. Em que evoluímos? Outra foi bater caçarola e acabou na gaiola. Tempos outros, Batia-se panela por estatus e promoção. Obscuros, agora, como nas veredas do sertão, onde imperava Horácio. O Quinto? Que Quinto, cara? Se fosse engaiolado, talvez não fosse escrever cartas para presos, eles não fariam  nenhum esforço para aprender  a ler e escrever. Terrível, mas lá têm todo o tempo do mundo para estudar. Quem sabe não crie um projeto de alfabetização de detentos. Opa, me esqueci que eles já me fuzilaram. Quem disse que eu contei quantos tiros? Não deu tempo nem de morrer direito.


quinta-feira, 8 de julho de 2021








                                 N´agonia, todos nus, correndo. Um cachorro agarrou os ovos de um e saiu arrancando tudo, outros caiam atravessados, furados, espetado, como fogos de artifício, estourando ao léu. Sangue, fezes, urina e pedaços de carne enlameavam  o corpo dos vivos.  A maioria mulheres e crianças retiradas dos escombros, prédios explodidos por mísseis, vindos dos céus, da terra e do mar, enquanto se ouvia ao lado, hurras e gritos de prazer, como se num bacanal estivessem. O homem nada aprendeu, o mesmo canibal de sempre.